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sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Enquanto o Sol Iluminar a Terra



Meus olhos escorregam mansamente pela linha do horizonte, enquanto suas mãos deslizam suavemente pelos relevos de meu corpo, numa carícia desejada pelos meus sentidos. Caminhamos devagar, corpo colado com corpo, sem pressa de chegar a qualquer lugar. Meus pensamentos brincam de correr de um ponto a outro do tempo, até que se fixam no presente. Olho à minha volta. Ele é tudo o que tenho; é tudo o que temos! Um dia. Apenas um dia! Sem outro compromisso que não seja o de nos proporcionarmos alegria mútua! Permaneceremos juntos enquanto o sol iluminar a terra. Depois disso... não, não queremos e não devemos pensar no depois. Afinal, ninguém pode prever o que vai acontecer daqui a instantes, uma hora, um dia, um ano. Os anos de experiência já nos ensinaram que fazer planos a longo prazo não representa garantia de felicidade. Sempre há o risco que no dia seguinte, um vendaval desmanche todos os planos traçados e leve o amor que acreditávamos enraizado profundamente dentro de nós.
Mas, de vez em quando o amor sente uma urgência inesperada, talvez pressentindo a fragilidade de sua existência, que o minuto seguinte pode fazer acabar. Então, nós nos perdemos entre nossos abraços, até encontrarmos o ponto de exclamação.

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