Para iniciar esta nova manhã, de um novo mês, decidi fazer algo diferente, antecipando o balanço de praxe, de final de ano. Para ter uma visão mais real dos fatos, começo por registrar, na tela em branco, as escolhas que fiz e as prioridades que estabeleci em minha vida. O que desejo que a vida me dê e o que estou construindo em mim para merecê-lo ou dar em troca... A imagem sobre o que desejo do futuro começa a se esboçar. Vejo os caminhos que percorro no momento e os caminhos que devo trilhar, para ter condições de criá-lo, próximo à imagem e semelhançao de meus sonhos! Identifico, entre outras coisas, que muitas vezes me acomodo nos afazeres diários e não me dou conta do que posso ter e fazer, além do que tenho e faço no momento. Repasso os anseios do meu coração e constato que tenho feito bem pouco para torná-los realidade. Trabalho, leio, escrevo, converso, planejo realizar muitas coisas, mas quase não saio do lugar! Com o foco do olhar voltado para os afazeres diários, acabo por descuidar o olhar para mim mesma! Constato, com um certo assombro, que tenho medo dos meus sonhos, por que nem todos os que eu tive se tornaram realidade. Que tenho receio de expressar o que eu quero, e o que eu quero não se realizar. Que escolho viver uma vida solitária, mesmo sem desejar a solidão, por puro medo de arriscar ser feliz! Estabeleci prioridades físicas, profissionais e espirituais, mas resguardei meus sentimentos, com receio de vê-los rejeitados. Mesmo quando digo que desejo amar e ser amada, constato que tenho medo do amor – realço as dores, decepções e saudades que ele provoca e esqueço as alegrias e o brilho do olhar que ele traz consigo. Diante dessa indesejada realidade, compreendo que o trabalho por fazer é grande, mas que ainda há tempo de escolher outros caminhos para trilhar, inverter antigas prioridades e ganhar espaço para outras, que me façam mais feliz! Preciso arriscar um pouco mais e abrir as portas da minha vida e do meu coração para o NOVO – só assim ele poderá se revelar!
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