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quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Pegue o Caminho Mais Longo...



A vida acontece e a cada dia trilho caminhos que levam e trazem minhas esperanças, alegrias, tristezas, amores... As rotas se misturam e se cruzam rapidamente. Quando se repetem, dificilmente acontecem da mesma forma ou pela mesma pessoa. Afinal, a vida não costuma dar uma segunda chance facilmente.
Nesse ir e vir diário, já escolhi o caminho que acreditava ser o mais fácil e depois descobri que era o mais difícil.  Já me deparei com algumas encruzilhadas e tomei à rota que me pareceu a melhor. Depois tive que refazer todo o trajeto, para recomeçar outra vez. Já iniciei percursos sem vontade de chegar ao meu destino, para evitar a rotina que me aguardava. Ou desejei permanecer aonde cheguei e assim evitar que a saudade de quem deixaria na partida, voltasse a incomodar. Já fiz malabarismos para encontrar o caminho mais curto, só para ter a chance de rever um ser querido. Já desejei voltar mais tarde, quando perdi quem seria difícil eu esquecer.
Entre chegadas e partidas, já atrasei o horário de sair por medo, já cheguei adiantado por amor. Já voltei mais rápido de saudade, já quis ir embora e nunca mais voltar. Com tantos objetivos e trajetos a cumprir, em algumas situações a única forma de acalmar o coração é simplesmente tomar o caminho mais longo. Entre a reflexão e o prazer da viagem, deixo-me levar pela paisagem que acontece do outro lado da janela.


Um pequeno apanhado das minhas "viagens" pela vida afora...

Sobre Lobos e Cordeiros...




Todos nós envelhecemos...os canalhas também! Nada mais certo que esta afirmação. A própria história mostra a existência daqueles que usam da boa fé - ou ganância dos demais, para se dar bem. Cabelos brancos ou o passar do tempo, por si sós, não conferem honestidade e bondade extra a ninguém. Muitas vezes apenas escondem as más intenções e os maus hábitos cultivados ao longo da vida. A experiência em roubar disfarça-se em sabedoria adquirida para ajudar os mais ambiciosos, digo, necessitados. Porque estamos cansados de saber que, nos dias de hoje, nada vem de mão beijada para ninguém. Mesmo assim, existem aqueles que ainda caem no golpe do “bonzinho”, reafirmando o ditado - quem vê cara, não sabe o que se passa no coração. Quando o que foi por longo tempo camuflado vem a público, todos sofrem, mas poucos aprendem com a comprovação. A verdade descoberta não impede de caírem no próximo marketing pessoal de um mal intencionado – uma e outra vez!
Mesmo cientes dessas manobras, temos muita dificuldade para separar o joio do trigo. Ficamos cada vez mais acuados dentro das nossas quatro paredes. Cada vez mais desconfiados e indiferentes diante de possíveis manifestações de bondade, sinceridade ou de dor alheia.
Hoje vemos cargos importantes sendo ocupados por incapazes. Vemos ignorantes impondo suas teorias absurdas a letrados. Falsos gurus sendo reverenciados porque se intitulam sábios. Para pegar-nos desprevenidos frente ao golpe fatal, encenam, distraem-nos e disfarçam-se, tal como lobos em pele de cordeiro!  

segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Rombo na Alma Nacional






Fisicamente distante das serras de Minas, olho o horizonte retilíneo do planalto central que se desenha do outro lado da minha janela. Um estado de perplexidade ainda entorpece minha mente! Refaço mentalmente os caminhos que percorri antes de chegar às terras brasilienses. Apesar do tempo e da distância, conservo vivo o sentimento de amor à terra natal que meus pais me ensinaram. Permanece a importância de valorizar minhas origens, os feitos e as pessoas de minha terra. Isto sempre foi uma questão de honra!
O que constato agora é que, apesar de todas as nossas raízes, muitos ignoraram o caminho que nos levaria a alcançar os resultados esperados e desejados pela maioria. Mesmo que ele não fosse o mais fácil, poderia ser o mais curto para anteciparmos a possibilidade de um "ar novo" correr sobre as terras da nação brasileira. Entretanto, o caminho escolhido anuncia-se longo e talvez também o mais árduo.
Chorar sobre o leite derramado não faz mais sentido. O que faz sentido é restaurar o rombo na alma nacional, resgatar a união de todos – de norte a sul, de leste a oeste, pois todos somos filhos da mesma nação. É preciso vislumbrar um bem maior do que aquele que cabe no meu bolso e lutar para que todos tenham um lugar ao sol pelo próprio esforço, preservando a própria dignidade. Porém confesso: o que  mais dói é a sensação de que um filho da terra foi traído.  



Dedicado ao coração de Minas...