Fisicamente distante das serras de Minas, olho o horizonte retilíneo do planalto central que se desenha do outro lado da minha janela. Um estado de perplexidade ainda entorpece minha mente! Refaço mentalmente os caminhos que percorri antes de chegar às terras brasilienses. Apesar do tempo e da distância, conservo vivo o sentimento de amor à terra natal que meus pais me ensinaram. Permanece a importância de valorizar minhas origens, os feitos e as pessoas de minha terra. Isto sempre foi uma questão de honra!
O que constato agora é que, apesar de todas
as nossas raízes, muitos ignoraram o caminho que nos levaria a alcançar os resultados
esperados e desejados pela maioria. Mesmo que ele não fosse o mais fácil,
poderia ser o mais curto para anteciparmos a possibilidade de um "ar
novo" correr sobre as terras da nação brasileira. Entretanto, o caminho
escolhido anuncia-se longo e talvez também o mais árduo.
Chorar sobre o leite derramado não faz
mais sentido. O que faz sentido é restaurar o rombo na alma nacional, resgatar a
união de todos – de norte a sul, de leste a oeste, pois todos somos filhos da mesma nação. É preciso vislumbrar um bem maior do que aquele que cabe no
meu bolso e lutar para que todos tenham um lugar ao sol pelo próprio esforço,
preservando a própria dignidade. Porém confesso: o que mais dói é a sensação de que um filho da terra
foi traído.
Dedicado ao coração de Minas...
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