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terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Lembranças...

 
A saudade chega e toma meu coração de surpresa e não há tempo para segurar as lágrimas, que correm livres como um rio que não tem barreiras de contenção. Minha mente desliza nas águas das lembranças e tento pescar, entre elas, alguma que seja mais feliz. Lá do fundo trago imagens de presenças queridas, a sensação de cheiros e sabores de tardes da infância, o conforto de cuidados e a certeza de amores que já não tenho mais aqui. Contudo, nada encontro que tenha o poder de devolver-me as esperanças e certezas que o tempo tirou de mim e poder, dessa forma, escapar da cilada a que meus sonhos me conduziram!
Triste, constato que nem tudo consigo mudar e tento convencer-me que chegou a minha hora de desistir do amor. Para ficar de acordo com a minha solidão atual, escolho acreditar que ele não nasceu nesta vida e está apenas a esperar meu regresso, em algum lugar, para enfim vivermos o nosso amor. Ou talvez, eu tenha apenas perdido a hora certa de encontrá-lo, enquanto fui atraída e envolvida por algum mero imitador.

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