Quanto mais próximo o barco ficava da cachoeira, mais forte ficava a correnteza! Angustiada, ela via o perigo se aproximar à sua frente, sem que conseguisse fazer qualquer coisa, com receio de tomar a decisão errada. Sem remos para tentar mudar o curso do barco, ela avaliou as duas opções disponíveis: continuar como estava ou se atirar na água. Na primeira, concluiu que teria pouquíssimas chances de sobreviver à queda livre do alto do penhasco até o leito do rio, que corria pelo terreno acidentado há mais de trezentos metros abaixo. Na segunda, se pulasse na água, era quase certo que se afogaria, pela falta de preparo e força física para nadar contra a correnteza. Agindo de uma forma ou de outra, o final da história parecia previsível e inevitável!
Nesse ponto de suas avaliações, o medo já começava a paralisar suas reações. Sua mente, acuada, forçava-se a encontrar uma saída. Reconsiderou toda a situação mais uma vez e chegou à conclusão que, se pulasse na água, poderia até não conseguir alcançar a margem, mas, pelo menos morreria tentando se salvar. O contrário disso seria apenas esperar que a morte viesse ao seu encontro, sem nada fazer.
Num impulso inesperado, não sabe se de coragem ou desespero, segurou a respiração e se atirou na água! A força da correnteza imediatamente carregou seu corpo, enquanto ela se debatia, tentando subir à superfície. Quando já começava a acreditar que tudo estava perdido, ACORDOU!
Isso mostra que nossos medos e receios muitas vezes nos mantêm numa prisão sem grades! Diante de um momento difícil, o primeiro passo é manter a calma. Os fatos nem sempre são o que parecem ser ao primeiro olhar ou à primeira avaliação!
Um comentário:
Obrigada...
Muitas vezes a situação de desespero é realmente um pesadelo... passa assim que a gente acorda...
:)
Lanna
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