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domingo, 21 de agosto de 2011

Meus olhos e os teus...


 
 
 
 
 
 
Algumas vezes meus olhos mergulham dentro dos teus e eu vejo um mundo diferente daquele que eu vejo apenas através dos meus! Não que sejam mundos antagônicos – são apenas diferentes! Porque o que eu vejo nem sempre é o mesmo que tú vês. Como o que eu quero da vida nem sempre é o mesmo que tú queres. Resolvi então fechar meus olhos, para não enxergar mais os teus. Resolvi fechar minha boca, para não dizer o que tú não queres ouvir. Depois construí uma parede imaterial à minha volta, para poder esconder o que sinto e quero de ti, que não é o que tú sentes ou esperas de mim.
Mas, o amor materno não cabe dentro de si mesmo! Para não morrer sufocado ele dá um jeito de escapar por qualquer fenda ou fresta, imperceptível ao simples olhar. Sai através de uma palavra aparentemente dita ao acaso, um gesto banal de cuidado, um olhar disfarçado de carinho, como quem olhou apenas por olhar. Aí, já não tem jeito, meus olhos se abrem outra vez e mergulham de novo dentro dos teus...

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