Não sei mais onde colocar meus pés! A cada passo, temo que tudo vá de novo pelos ares e a minha vida vire de ponta cabeça outra vez. Por isso, escolho bem onde pisar, avalio prós e contras, observo sinais e faço um relatório mental que, provavelmente, nunca revisarei. Afinal, os fatos nunca se repetem da mesma maneira e dificilmente as oportunidades voltam iguais às que perdi no passado. Mas, com todos esses cuidados, mesmo que caminhe cada vez mais devagar, consigo reduzir riscos e aumentar a sensação de que estou fazendo algo efetivo para preservar minha felicidade!
Mesmo assim, é impossível manter-me indiferente ao que acontece no mundo que me cerca. Por vezes, quase perco o fôlego de pavor quando vejo seres que caminham despreocupadamente, como se a vida não fosse um campo minado e eles não corressem perigo a todo instante. Nesses momentos, sinto-me ainda mais segura, mesmo que contida, nesta espécie de bolha que me envolve. Mas estranhamente, mesmo consentindo que esses cuidados hoje me protegem, percebo que uma parte de mim inveja esses seres! Não consigo identificar exatamente em que isto se baseia. Quem sabe, talvez queira experimentar um pouquinho só de sua liberdade para escolher e realizar seus sonhos, mesmo que estes pareçam tão pequenos diante daqueles que, imagino, um dia realizarei. Ou talvez, queira fazer uso de uma fração de sua doidice, de sua capacidade de amar e se entregar profunda e intensamente, sem precisar avaliar se, quando o futuro chegar, algo ainda permanecerá igual ao que estava antes. Ou quem sabe, seja apenas para sentir uma porção inteira de sua alegria, de seu descomprometimento com a coerência, que permite mudar de ideia a qualquer momento, quando julgam que o novo que chega é o melhor que podem oferecer a si mesmos.
Mesmo assim, é impossível manter-me indiferente ao que acontece no mundo que me cerca. Por vezes, quase perco o fôlego de pavor quando vejo seres que caminham despreocupadamente, como se a vida não fosse um campo minado e eles não corressem perigo a todo instante. Nesses momentos, sinto-me ainda mais segura, mesmo que contida, nesta espécie de bolha que me envolve. Mas estranhamente, mesmo consentindo que esses cuidados hoje me protegem, percebo que uma parte de mim inveja esses seres! Não consigo identificar exatamente em que isto se baseia. Quem sabe, talvez queira experimentar um pouquinho só de sua liberdade para escolher e realizar seus sonhos, mesmo que estes pareçam tão pequenos diante daqueles que, imagino, um dia realizarei. Ou talvez, queira fazer uso de uma fração de sua doidice, de sua capacidade de amar e se entregar profunda e intensamente, sem precisar avaliar se, quando o futuro chegar, algo ainda permanecerá igual ao que estava antes. Ou quem sabe, seja apenas para sentir uma porção inteira de sua alegria, de seu descomprometimento com a coerência, que permite mudar de ideia a qualquer momento, quando julgam que o novo que chega é o melhor que podem oferecer a si mesmos.
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