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quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Dança da chuva


De repente, a abençoada chuva caiu! Ainda mansamente, sem os arroubos da próxima estação. O primeiro impulso foi deixar voltar a criança - esquecer cerimônias, andar com os pés descalços pela calçada, saltitar a procurar poças d’água. Sentir o cheiro de terra molhada impregnar as narinas, a repentina umidade abrandar as securas da alma.
A alegria e singeleza desta cena provoca muitas lembranças. Sensações da menina da infância, a prerrogativa de alegrar-me com os pequenos fenômenos que ocorrem dentro ou fora de mim. A chuva é também promessa de tempos melhores, de uma nova estação que em breve, irá desabrochar - intensa, cores em abundância, cheiros e sabores que irão se espalhar no ar... Que irão outra vez deixar o meu, o seu, o nosso coração em festa!

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