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sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Pedaços esquecidos de vida...



Existem recordações que não são minhas e que, mesmo assim, assombram minhas lembranças. Leio-as como uma estranha, ainda que algumas pessoas e lugares sejam familiares. Não tenho outra alternativa senão aceitar que não faço parte do grupo e que em nada contribuí para a construção da história. Minha participação se reduz a acompanhar encontros e desencontros, sem poder me inserir outra vez no contexto.
Porém, nada tenho a reclamar – a escolha de voltar foi minha, na esperança de reduzir distâncias e o tempo compartilhado que não vivi. Se fosse usar a prova dos nove para conferir a validade deste resultado, descobriria que nesta matemática sou quase ignorante – nem mesmo sei identificar o valor das parcelas, dentro do enunciado. O que posso fazer é apenas acompanhar os acontecimentos – de hoje ou de outrora, sem ter vivências para formular o meu próprio discurso.
Por mera ilusão ou simplesmente por saudades do que não fui e do que não tive, desejei resgatar pedaços esquecidos de vida, como se fosse possível voltar a viver o passado no presente, para me antecipar ao futuro - tudo de uma só vez!

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