Bem alto, destacadas contra o azul, vejo rotas brancas que riscam o céu em várias direções. Apesar da explicação física de que são condensações provocadas pelo forte calor das turbinas dos aviões que, ao entrar em contato com o ar gelado provoca essa forma de fumaça, prefiro vê-las como caminhos poéticos, que levam e trazem pessoas de lugares distantes, cada uma delas com seus dramas e suas alegrias pessoais. Algumas viajam ao encontro da felicidade, outras, para longe da tristeza, outras ainda apenas fugindo de um presente que precisa ser esquecido, antes que possam reescrever outro melhor. Pessoas diferentes, com sentimentos diferentes, seguindo momentaneamente uma rota comum, que mais parece um fio de lã esticado no céu, onde em cada ponta existe uma realidade – a esperada e a inesperada; a desejada e a indesejada.
Houve um tempo que ao visualizar essas rotas no céu, desejava estar a bordo de um desses boings e que ele pudesse me levar para bem longe de mim. Sonhava com lugares distantes, com oportunidades diferentes, onde eu pudesse recomeçar a viver. Deixaria para trás minhas tristezas, reconquistaria os sonhos que foram deixados ao acaso da vida e que ela simplesmente ignorou.
Hoje, já aprendi que ninguém foge de si mesmo e que as dores e as alegrias são apenas as lições da vida que eu preciso aprender. Que a felicidade sempre está onde eu estou feliz! Contudo, guardo em mim a visão poética dessas rotas, que me lembram que a dor é passageira e que tudo pode mudar - para muito melhor, a qualquer instante...
Hoje, já aprendi que ninguém foge de si mesmo e que as dores e as alegrias são apenas as lições da vida que eu preciso aprender. Que a felicidade sempre está onde eu estou feliz! Contudo, guardo em mim a visão poética dessas rotas, que me lembram que a dor é passageira e que tudo pode mudar - para muito melhor, a qualquer instante...
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