É quase impossível manter-se indiferente
diante dos últimos acontecimentos. Apesar da sensação de impotência que deixa a
todos acuados, um clamor íntimo, misto de vergonha e revolta, ecoa entre as
paredes da sensibilidade e responsabilidade pessoal do cidadão comum. Enquanto
tudo é possível e permitido para uma minoria, a grande massa luta para pagar a
própria sobrevivência e a do alheio, mesmo que este alheio seja o seu próprio
executor. Dois pesos, duas medidas. O privilégio de uns poucos interfere e vai
contra todos os Direitos Humanos (?) dos demais.
Para aumentar a nossa insegurança, a
impunidade agora se estende à marginalidade. Continuam a matar, com ou sem
motivo algum, pois a passagem pela cadeia é transitória. A menoridade os
protege de tudo – da lei ou da reação dos parentes de quem mataram a sangue
frio e até da lei. A segurança pública está um caos, na cidade que antes oferecia
a melhor qualidade de vida do país. Moradores responsáveis são assassinados sem
que se comprove a iniciativa de protegê-los, por parte das instituições que
existem para isto. As reações são seletivas e quando acontecem, são dirigidas
para casos de interesse pessoal das corporações.
Diante das últimas evidências, pergunto-me:
para que lado caminha a humanidade?
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