Pouco importa se você não gastou. De qualquer
forma, vai pagar a conta. Injusto? Certamente. Na vida pessoal, no máximo
pagamos a conta de um filho, eventualmente de um irmão ou um amigo. Para pai e
mãe pagamos sempre que for necessário. Afinal, todas estas pessoas apostam para
ver e fazer você mais feliz.
No caso atual, você não viu a mercadoria e
nem aprovou a compra. Não tem qualquer vínculo com quem pediu, não vê nenhuma
utilidade no que foi comprometido ou construído. Nada do que está ai vai
melhorar sua ou a vida de todos que vivem neste país. Ela só serviu para
enriquecer a muitos. Uma parte fica com aqueles que seu salário paga, mas que
não estão nem aí para o valor astronômico da conta que não irão pagar. A outra
parte vai para os que nem aqui moram. Não fazem nada e recebem adiantado, para
evitar prováveis calotes. O rombo que fica para trás não é problema deles. Os
bobos da corte que se virem.
A sensação que fica é a mesma de chegar a um restaurante
e, compulsoriamente, ser-lhe apresentada uma conta astronômica, sem que possa pedir
ou comer prato algum.
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