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quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Sim... eu sou Feliz!







Outra vez a minha vida inicia um novo ciclo! Mesmo que não possa afirmar que os que se passaram tenham sido só de alegrias, garanto que, sem exceção, deixaram um saldo positivo de aprendizado para mim! No ponto em que me encontro, tenho mais a agradecer a Deus do que a pedir. Ainda assim, Ele sempre me deu muito mais do que esperava merecer.
No dia de hoje, eu que desejo agradecer a vocês! Entre as lutas e vitórias, cada um e a seu tempo, tornou-se um agente insubstituível para fazer da minha, uma história mais feliz! Meus saudosos pais, meus amados filhos, queridos irmãos, familiares e amigos. Minha eterna gratidão a todos - aos que estão sempre por perto; aos que estavam longe e retornaram; aos que estão distantes, mas permanecem próximos e aos que o tempo levou para longe, mas que sempre terão um lugar reservado em meu coração.
O que sou hoje, em grande parte devo a cada um de vocês!

Dedicado à Amizade e à Vida...

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Cheiro de Eternidade...



 
Temos tanto em comum e ao mesmo tempo parece que temos tão pouco... Isto talvez seja o que nos aproxima e  equilibra nossos opostos. Na vida acontecem surpresas, alguns encontros verdadeiros, amores soprados e sussurrados ao vento. O que a nossa imaginação cria parece mais real que as palavras. Cada instante vivido tem cheiro de eternidade, mesmo que seja apenas enquanto dure.
Enquanto tentamos espionar através da janela do futuro, deixamos de ver o que acontece no presente. Provavelmente por isto, decidimos fechar suas venezianas e abrimos espaços entre os ponteiros do relógio... Neste tempo breve esquecemos diferenças, preenchemos distâncias, sem compromissos, credos – ou a ausência deles. Apenas estendemos os braços para abrigar a alma que nos visita e se revela. Cada segundo roubado do tempo é vivido intensamente! Cada palavra trocada é sentida com o coração! Para hoje, amanhã é apenas um dia no calendário, sem qualquer garantia de que venha a existir. Os rumos de nossas vidas não são decididos apenas por nós. Nada temos e nada levamos! Mas o que o outro desperta em nós, isto fica e já nos pertence!

Um Conto Sem Ponto



Era uma vez um jardineiro que cultivava em seu jardim flores exóticas, perfumadas e lindas. Cuidava do jardim incansavelmente, para que ficasse cada dia mais bonito. Revolvia e adubava a terra, tirava as ervas daninhas que apareciam, fincava estacas para amparar e direcionar os caules mais frágeis. O resultado de seu trabalho era extraordinário! As flores cresciam em profusão, cada uma mais bonita que a outra e o perfume que exalavam impregnava o ar deliciosamente. Ele só tinha  um receio - que mãos desconhecidas violassem seu colorido tesouro. Para se manter lindo seu jardim deveria permanecer intocável.
Depois de muitas e cansativas recomendações as pessoas perderam o interesse - passavam pelo jardim, indiferentes e distraídas, como se ele não existisse mais. Contudo, isto não parecia incomodá-lo, tão ocupado estava em manter sua beleza!
Certo dia, uma menininha que brincava na rua parou diante do portão da casa. Ao olhar por entre as grades avistou os canteiros floridos.  Ficou maravilhada! Quando viu o jardineiro, perguntou se ele poderia lhe dar uma daquelas lindas flores.
Imediatamente, ele respondeu:
- Não, de jeito nenhum!
Sem dar-se por vencida, a garotinha explicou que era aniversário de sua mãe. Queria apenas lhe dar uma flor de presente, já que não tinha dinheiro para comprar algo tão lindo assim para ela.
Mesmo verdadeiros, seus argumentos não conseguiram tocar o coração do jardineiro. Ainda sem entender porque ele não podia lhe dar uma flor - já que tinha tantas, voltou a brincar e logo estava sorrindo outra vez.
Muitas vezes eu me sinto como este jardineiro, apegada a coisas pequenas e sem importância, sem finalizar o aprendizado necessário. Nestes momentos salva-me a reflexão de que tudo que sou, tenho e faço tem um valor ainda maior quando compartilho com os seres que eu amo. Meu jardim é meu coração e minha casa!  A solidão, na maioria das vezes, é uma criação pessoal, quase sempre decorrente de minhas escolhas e atitudes.

quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Meu Mestre!




Bem ali se encontra a verdade,
Mesmo que nem todos a consigam ver,
Apesar de tão simples, tão clara!
Seu primeiro impulso é sacudir a inércia,
Banir os preconceitos - grandes viseiras da inteligência,
que não deixam enxergar o óbvio.
Detém o movimento – deve respeito ao outro ser,
Aceitação de seus limites. Pode ensinar,
sem o dom de viver ou por ele aprender.
Aquieta a mente, busca outra forma de ensinar.
Por vezes sente cansaço, tristeza que oprime o peito,
Sabe que a vida e o tempo estão a se escoar.
Muitas lutas são perdidas por tão pouco...
Bastaria mais um esforço, um leve movimento.
No desprender das amarras a mente se emancipa,
Assina a própria liberdade!
Depois de tanto querer, sente a lucidez repentina,
Retira o véu que encobre o entendimento.
O ser que aprende queda-se maravilhado!
Mais um passo foi dado no caminho da real libertação...


Dedicado aos verdadeiros "mestres" que encontrei em minha vida...

domingo, 12 de outubro de 2014

Ser de Novo Criança...


 
penso atender ao convite,  
de um poeta amigo meu
hoje vou buscar a criança  
guardada em meu coração.
quero viver este dia
como muito já fiz antes!
vou pular amarelinha
cantar bem alto a cirandinha
acreditar por instantes
que esta rua seja minha.
leve e livre de tristezas
vou soltar pipa no parque
comer muito algodão doce -
pipoca e cachorro-quente,
sem as recomendações
que os mais velhos faziam antes.
 
vou espalhar ao meu redor
risos de alegria pura
gritar, correr e pular...
hoje, vou soltar minha criança!
 
vou esquecer por um dia                                            
que este tempo bom passou
que a fantasia acabou
que a infância já vai longe.
vou brincar até cansar!
e quando a noite vier
quando o cansaço apertar
vou banhá-la e vesti-la,
pentear os seus cabelos
depois beijá-la com carinho
ajeitá-la outra vez num cantinho
dentro do meu coração...
 
Dedicado a todas as crianças de minha vida...

quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Histórias Reais



Nem todas as histórias são perfeitas e nem terminam com - “e foram felizes para sempre”. O que contamos como certo não acontece e o que parece impossível se realiza.
Nas histórias reais não se trocam os personagens ou saltam-se as partes menos desejáveis, nem se muda o final. Nelas acontecem lutas, sofrimentos, desavenças, ou desencontros sem reconciliações. As dores demoram mais tempo para serem superadas; as doenças chegam quando menos esperamos. A saudade machuca e não há como curá-la sem uma boa dose de tempo. A morte leva definitivamente quem amamos ou quem amamos segue em frente, nos deixando para trás (ou apenas o preparamos para ser feliz longe de nós). Juramos amor eterno e esquecemos; ou não conseguimos esquecer quem não nos quer.
Nas histórias reais a dor vira aprendizado e repetimos os mesmos erros, mesmo desejando que eles deixem de se repetir. Nem tudo acontece conforme nossos planos!
Mesmo com muitos acontecimentos inesperados, desfruto de todos os bons momentos e me capacito nos ruins. Porque na minha história real também aprendo a ser feliz!

Lenta Metamorfose






Retiro de meus ombros as ilusões que carreguei por um longo tempo, para reduzir o peso dos sonhos fantasiosos que o meu passado inventou.
Troco as lentes cinzentas que me impediam de ver a beleza à minha volta, para enxergar através do olhar colorido da criança que ainda existe em mim.
Abafo o murmúrio incessante dos pensamentos, para ouvir os sons e as palavras que me envolvem, os sussurros da natureza que se transforma à minha volta e desabrocha para a vida.
Conduzo meus pés por novas trilhas, para criar caminhos que me levem muito além das estradas que não foram construídas por mim.
Saboreio cada detalhe do percurso e faço de cada pausa um momento de reflexão, para libertar-me da conhecida ânsia de chegar e da velha pressa de partir.
Redescubro-me a cada dia e enxergo-me sem fôrmas ou formas pré-estabelecidas, para conhecer minhas limitações e poder um dia superá-las.
Aprendo que as mudanças, para serem efetivas, devem acontecer a passos e não com bruscas rupturas, se quiser adaptar-me às lentas e constantes metamorfoses da vida.