Retiro de meus ombros as ilusões que
carreguei por um longo tempo, para reduzir o peso dos sonhos fantasiosos que o meu
passado inventou.
Troco as lentes cinzentas que me impediam de
ver a beleza à minha volta, para enxergar através do olhar colorido da criança
que ainda existe em mim.
Abafo o murmúrio incessante dos pensamentos,
para ouvir os sons e as palavras que me envolvem, os sussurros da natureza que
se transforma à minha volta e desabrocha para a vida.
Conduzo meus pés por novas trilhas, para
criar caminhos que me levem muito além das estradas que não foram construídas
por mim.
Saboreio cada detalhe do percurso e faço de
cada pausa um momento de reflexão, para libertar-me da conhecida ânsia de
chegar e da velha pressa de partir.
Redescubro-me a cada dia e enxergo-me sem
fôrmas ou formas pré-estabelecidas, para conhecer minhas limitações e poder um
dia superá-las.
Aprendo que as mudanças, para serem efetivas,
devem acontecer a passos e não com bruscas rupturas, se quiser adaptar-me às
lentas e constantes metamorfoses da vida.
Nenhum comentário:
Postar um comentário