Sempre que encontra uma passagem entre as
barreiras mentais que crio para me proteger, volta a invadir meus domínios e
faz cair por terra, em questão de segundos, as minhas instáveis defesas. Por
vezes, depois de uma luta acirrada, acontece uma momentânea trégua e abençoada
paz. Suspiro aliviada, por ter me livrado por alguns instantes de sua
influência maléfica. Invariavelmente, poucos segundos depois reaparece com força
total, pelo mesmo ou por motivos diferentes, num ajuste injusto de contas pelo tempo
que o mantive afastado.
Amor bandido este porque, afinal, não é por afeição
que permanece comigo. Não existe nele a menor intenção de resguardar minha
felicidade. Sua permanência insistente visa apenas confundir minha mente e
retirar forças da minha vontade, para evitar que me livre de sua indesejada presença.
Apesar do desafio, a cada nova manhã eu me
levanto com a firme decisão de reconquistar a minha liberdade de pensar!
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