Quando ainda sabia bem pouco da vida, acreditava
que as mudanças necessárias para uma boa convivência deveriam acontecer nos
outros, na crença de que a razão se inclinava sempre para o meu lado. Mesmo de
forma inconsciente, este comportamento me acompanhou durante um bom tempo da
vida, por mais que acreditasse que estava realizando o meu processo de transformação
pessoal. Esta visão distorcida da realidade adiou muitas de minhas iniciativas
e reduziu alguns impulsos de mudança, simplesmente por não enxergar além da
minha própria visão da história. Se ocorresse um imaginário ranking interno, a
teimosia e a vaidade disputariam o primeiro lugar entre meus pensamentos.
Mas a realidade, cedo ou tarde, começou a se
fazer presente. Já não dava mais para acreditar na historinha de mentira que
havia contado durante tanto tempo para mim mesma. Por necessidade ou pela
simples urgência de ser feliz, não podia mais esperar que as coisas e as
pessoas mudassem conforme minha vontade. A real mudança precisava acontecer
dentro de mim, mesmo sabendo que não seria uma transformação simples ou rápida
de acontecer. Isto iria requerer minha atenção e empenhos constantes, para
evitar a tendência humana em voltar ao ponto de conforto.
Dentro do possível, hoje procuro me adaptar
ao modo de ser do outro, sem querer nos fazer à imagem e semelhança de nossas exigências
pessoais. Quando conseguir mudar em mim mesma, o que desejo mudar no outro, terei
aprendido a ser feliz, sem precisar mudar a ninguém!
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