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quinta-feira, 7 de julho de 2011

Pixel Art


Um dia desses chegou aos meus olhos uma maravilhosa coletânea de quadros de um renomado artista brasileiro. Diferente de outros, ele utiliza a técnica de colagem para criar suas obras. De acordo com suas próprias palavras, inicialmente escolhe o motivo que deseja reproduzir, que seria o todo. Depois de analisá-lo em profundidade, fragmenta a imagem por áreas de cor, que depois transforma em milhares de quadrados de papel, nas cores correspondentes. Feito isto, começa o trabalho de reconstrução da imagem, ponto por ponto, até que a reunião harmônica de todos eles corresponda ao modelo original.
Diante da beleza de seu trabalho, pude refletir que, similar ao processo de criação desse artista, eu também preciso realizar um trabalho de reconstrução diária de mim mesma, substituindo meus fragmentos imperfeitos pelas qualidades correspondentes. Esta, certamente, é uma tarefa bem mais longa e mais delicada que a obra de arte física, mesmo que requeira a mesma genialidade do meu artista pessoal. Cada aprendizado alcançado, cada valor cultivado, atuam como os pixels que irão compor a minha imagem ideal. Quanto maior o número deles, mais nitidez e semelhança haverá entre a criação interna e o modelo original, concebido por Deus.
A única ressalva é que, ao contrário da obra de arte ou da fotografia, minha pixel art tem avanços e retrocessos, porque não consigo realizar essa tarefa de forma constante, sempre ascendente e uniforme.

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