Enquanto estes enfrentam com humildade e determinação a reconstrução do caos causado pela ação das intempéries naturais, aqueles se fazem súditos de deuses perversos e destroem cegamente, motivados por interesses escusos e pelas próprias ações, o que outros edificaram através dos séculos.
De um lado, a reverência pelo esforço e o conhecimento ancestral impulsiona a reedificar. De outro, a idolatria pelo poder e pelo domínio conduz o esforço para ver quem destrói e mais mata que o outro.
De um lado, o silencio respeitoso pelos que se foram. De outro, gritos ensurdecedores antecipam a morte daqueles que ainda vivem e resistem.
Quando, finalmente, essas diferenças irão se transformar num impulso único para salvar a todos? Em que ponto da história a vida de um ser humano – seja branco, amarelo, negro; oriental ou ocidental, terá seu valor de cotação mais alto que o de barris de petróleo, armas, gases – nobres ou não?
Torna-se necessário acelerar transformações e favorecer mudanças em um tempo cada vez mais escasso, antes que a força da destruição humana supere, em muito, as intempéries naturais. E que restem bem poucos para recordar que aqui, tínhamos tudo e esquecemos – ou não quisemos preservar!
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