Nada termina realmente na vida - ou depois
dela. O ponto final mais parece uma necessidade humana para isolar os fatos. Se
o momento é de dor e separação, é uma forma para que ele se restrinja e não se
propague. Se for de alegria, é um meio de destaca-lo, para que a felicidade não
se dilua e perca sua importância entre os fatos cotidianos.
Pode ser que eu esteja simplesmente a brincar
com imagens ou com o significado dos acontecimentos. Mas, é inegável que a
realidade é contínua e que os fatos se sucedem. Para o bem ou para o mal...
Nascimento e morte; saúde e doença; casamento
e divórcio; partida e chegada são apenas continuidades. Mesmo que pareça ser o
final, com certeza não é. O que existe é a pressa humana em colocar um ponto,
quando o inesperado bate à porta, alterando o ritmo da vida. O triunfo e o fracasso,
em si, não sentenciam um fim. Triste ou feliz; juntas ou separadas, há sempre uma história que começa depois que a anterior termina. Este é um dos grandes mistérios da existência.
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