Nada na vida permanece eternamente igual. As
mudanças, internas e externas, são contínuas. As ideias mudam, o corpo muda, as
prioridades mudam. O que ontem era importante e imprescindível, pode deixar de
ser hoje; o que tem pouca importância
hoje, pode passar a ser fundamental amanhã. Obedecendo o mesmo processo, os
sentimentos também transmutam-se, dependendo do tipo de experiência pela qual
eles passam ou pelas expectativas que os
modificam. Algumas vezes, o tempo apaga da
recordação os motivos que lhes deram vida, outras vezes a
impossibilidade de realização os coloca num estado contemplativo e
imaginário e há também aqueles que, pese
a tudo, se perpetuam e se elevam gradualmente, mantendo seu significado diferenciado dentro de nós. Mesmo
nestes casos, nenhum estado é permanente, por mais que demore a passar.
Entretanto, por necessidade, por opção ou por
medo do novo, algumas pessoas teimam em ficar paradas no tempo ou agarradas a
um momento do passado, na esperança que algo ou alguém volte e se adapte aos
tempos atuais. Nenhuma reflexão consegue impedir que permaneçam surdas e cegas
para as mudanças da realidade.
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