Tudo
termina assim – sem aviso prévio, como se a vida fosse apenas uma luz que
alguém descuidado apagou... Para os que ficam, chega a dor, fica o susto de
quem foi surpreendido por um fato que, pese a isto, a ninguém vai poupar,
quando for chegado o momento. Chega a saudade que, compensatória, preenche
o vazio que nenhuma outra presença poderá preencher. É difícil aceitar o
quanto tudo é tão tênue nesta vida, tão frágil, ainda que acreditemos – e
confiemos, que somos fortes e haveremos de vencer todas as batalhas... Mas,
quando vencemos realmente? Vencemos fatos, episódios, ou quando alcançamos que
o melhor de nós fique impregnado naqueles que nos conheceram? Este fato inevitável também
traz consigo a prerrogativa de fazermos uso um pouco mais consciente da reflexão, da autoavaliação. É o momento de nos perguntarmos
o que haveremos de fazer para, quando o nosso momento chegar, ele nos encontre
nas melhores condições.
Nenhum comentário:
Postar um comentário