Com todo o sofrimento que sentia no momento, ainda assim, não podia negar que fora feliz! O término de um relacionamento não significa, necessariamente, ausência de felicidade! Sobretudo se colocou mais brilho no olhar, um sorriso nos lábios e deixou no corpo a vontade incontida de se realizar. Nesses casos cabe aplicar a máxima: foi bom enquanto durou!
Mesmo que agora o sol forte da realidade mostre os fatos por um ângulo menos romântico e mais objetivo e fique evidente que apenas seus sonhos mantiveram suas esperanças intocáveis até ali. Ainda que a imagem guardada dentro dela, durante tantos anos e com tanto carinho, pouco a pouco vá ficando menos nítida, permanece a certeza que as sensações experimentadas serão sempre indeléveis! Talvez a saída seja desassociá-las do ser que as promoveu. Pode ser que assim elas não machuquem tanto o seu coração e se tornem sempre bem-vindas!
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quinta-feira, 26 de agosto de 2010
Armadilha de cetim
Dobrei com cuidado meus sonhos
Guardei numa caixa forrada de cetim
Juntei alguns pedaços de esperança
Embrulhei com as melhores lembranças
Parei na porta do tempo para entregar a você.
Dia e noite lá fiquei...
Veio a chuva, depois o sol,
Correu o tempo das horas
Passou o tempo da vida.
Você não veio o meu regalo receber.
Depois de muito esperar,
tentei voltar sobre meus passos,
Desfazer-me de antigos sonhos
Guardar pedaços de esperança
Esquecer nossas lembranças,
sem conseguir!
Surpresa, finalmente percebi:
Caí na armadilha
de uma caixa forrada de cetim.
quarta-feira, 18 de agosto de 2010
CORAÇÃO CATIVO
Chegou a hora de deixar-te!
Outra vez enamorado, o coração se entristece,
Dividido pelo amor entre a serra e o planalto.
Levo na retina tua beleza antiga,
Teu formato de presépio sobre a serra,
A penumbra serena de tuas ruas.
Recordo o som plangente de tuas melodias
Que, outrora, chamava à janela,
Olhares e suspiros de casadouras donzelas.
Retorno, outra vez, para o distante planalto
Onde a minha mente, um dia, escolheu viver.
Levo no olhar teu horizonte de serras,
O coração, para sempre, cativo de teu amor!
terça-feira, 17 de agosto de 2010
Cartas embaralhadas
A madrugada outra vez despertou-me com lembranças! Como se a mente estivesse tão cheia delas que não conseguiu se conter e abriu suas portas, deixando escapar perguntas que me fiz e não encontrei as respostas, também aquelas que me fizeram e eu não soube responder. Senti-me afogar entre tantas, até que resolvi acender a luz e tentar colocá-las no papel. Diante da folha branca o pensamento foge – já não sei o que escrever. Até que agarro uma que atravessa rapidamente a minha mente: quem sou eu realmente? Como sou, no mais íntimo de meu ser? Um ser feliz, como digo ser ou apenas feliz como tento parecer? Sou sempre eu mesma ou por vezes finjo ser aquela que um dia quero ser? Aceito como verdade aquilo que não existe? E o que existe de verdade em cada um, eu consigo ver? Não quero ser julgada por ninguém, mas por vezes julgo os atos de meus semelhantes. Será que desse jeito eu perco o melhor que existe em cada um?
Por vezes penso que embaralhei as cartas da vida ou troquei cada uma de lugar – por isso, o jogo nunca termina! Parece que ainda não aprendi a lição para saber fazer o para-casa que Deus um dia me passou. Erro uma e mil e uma vezes, sem deter-me à tempo de encontrar o elemento que me faltou para fazer com acerto a lição. Quando devo ser humilde e me calar, digo o que não sinto, mas calo por covardia, só para ficar de bem com alguns, menos com o desejo de meu coração. Diante de tudo isso, não sei como me salvar, pois a minha alma e meu espírito ainda não se entendem - apenas fingem que se dão bem...
Por vezes penso que embaralhei as cartas da vida ou troquei cada uma de lugar – por isso, o jogo nunca termina! Parece que ainda não aprendi a lição para saber fazer o para-casa que Deus um dia me passou. Erro uma e mil e uma vezes, sem deter-me à tempo de encontrar o elemento que me faltou para fazer com acerto a lição. Quando devo ser humilde e me calar, digo o que não sinto, mas calo por covardia, só para ficar de bem com alguns, menos com o desejo de meu coração. Diante de tudo isso, não sei como me salvar, pois a minha alma e meu espírito ainda não se entendem - apenas fingem que se dão bem...
segunda-feira, 16 de agosto de 2010
Proporcionalidade...
Um dia desses, diante de um fato muito agradável que aconteceu comigo, não pude deixar de perguntar-me se também teria conseguido fazer feliz a quem proporcionou-me aquele momento tão especial! Essa indagação fez-me recordar o slogan simpático da propaganda de uma conhecida rede de supermercados: “O que faz você feliz, também faz alguém feliz”? Aparentemente despretensiosa, essa pergunta valoriza uma atitude que contém em si parte de um segredo, poucas vezes considerado nos relacionamentos humanos.
É inegável que todos nós desejamos viver momentos de felicidade! Mas, também é inegável que nem sempre estamos atentos ou dispostos a favorecer e considerar esse mesmo desejo de felicidade naqueles que nos rodeiam. Talvez acreditemos, mesmo sem o manifestarmos verbalmente, que a nossa felicidade está acima de possíveis vontades e necessidades do outro!
Entretanto, quando transcendemos o pequeno círculo de nossas necessidades individuais e também ficamos atentos às necessidades daqueles que estão ao nosso redor, imediatamente aumentamos nossas chances de promover e proporcionar alegria mútua. Neste caso acontece uma soma – passa a ser a “nossa felicidade”! Crescemos internamente e nessa mesma proporção, cresce a nossa chance de felicidade!
É inegável que todos nós desejamos viver momentos de felicidade! Mas, também é inegável que nem sempre estamos atentos ou dispostos a favorecer e considerar esse mesmo desejo de felicidade naqueles que nos rodeiam. Talvez acreditemos, mesmo sem o manifestarmos verbalmente, que a nossa felicidade está acima de possíveis vontades e necessidades do outro!
Entretanto, quando transcendemos o pequeno círculo de nossas necessidades individuais e também ficamos atentos às necessidades daqueles que estão ao nosso redor, imediatamente aumentamos nossas chances de promover e proporcionar alegria mútua. Neste caso acontece uma soma – passa a ser a “nossa felicidade”! Crescemos internamente e nessa mesma proporção, cresce a nossa chance de felicidade!
Folhetim
Até tentei esquecer essa história
Que mais parece um folhetim,
Publicação parcial,
narrativa seriada,
Que algum poeta sem senso
Começou, mas esqueceu de concluir.
Ainda que a contragosto,
Tentei desviar-me das tramas do destino,
Ser mais rápida que a dor e partir...
Mas, com um suspiro, desisti!
Porque, se eu tivesse uma chance,
por
pequenina que fosse,
raptaria
você para mim,
ainda
que fosse só por um dia!
No
espaço entre nunca - mais,
Viveria
ao seu lado todos os nossos dias,
De
todas as nossas vidas!
Depois...
eu poderia partir
...
e, partiria feliz!
A MINHA MELHOR PARTE...
reconheço-me ainda em ti!
temos o mesmo espírito rebelde,
inquieto e ávido por saber.
os mesmos olhos que mostram possibilidades
onde só os escolhidos sabem ver!
antes como agora, vejo-te em mim!
sinto a mesma urgência de amor,
que ao pedir, também se doa,
um querer que se aventura!
crio alegrias para curar tristezas,
povoo de sonhos a involuntária solidão.
mesmo frágil, a vida superou tormentas
venceu o impossível para chegar aqui. ,
melhor desacreditares do tempo,
de falsas separações que ele cria.
se diferenças hoje existem entre nós,
não impedem que sejamos tão iguais.
para onde eu for, estarás sempre comigo!
deixarei para trás velhos temores,
levarei este amor de muitas vidas,
viverei venturas, enfrentarei desventuras.
mesmo que nada dure eternamente, confesso:
foste a melhor parte da minha história!
temos o mesmo espírito rebelde,
inquieto e ávido por saber.
os mesmos olhos que mostram possibilidades
onde só os escolhidos sabem ver!
antes como agora, vejo-te em mim!
sinto a mesma urgência de amor,
que ao pedir, também se doa,
um querer que se aventura!
crio alegrias para curar tristezas,
povoo de sonhos a involuntária solidão.
mesmo frágil, a vida superou tormentas
venceu o impossível para chegar aqui. ,
melhor desacreditares do tempo,
de falsas separações que ele cria.
se diferenças hoje existem entre nós,
não impedem que sejamos tão iguais.
para onde eu for, estarás sempre comigo!
deixarei para trás velhos temores,
levarei este amor de muitas vidas,
viverei venturas, enfrentarei desventuras.
mesmo que nada dure eternamente, confesso:
foste a melhor parte da minha história!
Nudez
vou despir-me lentamente de meus versos...
de todos os sonhos que contaram
das ilusões que criaram -
nelas já não sei se posso crer!
vou limpar lembranças em comum vividas
a razão de ser da esperança alimentada.
deixar passar essa dor de perder-me,
aos poucos, ao perder-me de você.
vou encarar a solidão revelada
antes disfarçada entre longas esperas
antes escondida entre vãs promessas
de amor, que não teria fim.
e assim, completamente nua,
entregar-me nos braços da verdade.
construí castelos de nuvens,
desejei segurar uma estrela.
confiei que seria possível
simplesmente, amar e ser feliz!
de todos os sonhos que contaram
das ilusões que criaram -
nelas já não sei se posso crer!
vou limpar lembranças em comum vividas
a razão de ser da esperança alimentada.
deixar passar essa dor de perder-me,
aos poucos, ao perder-me de você.
vou encarar a solidão revelada
antes disfarçada entre longas esperas
antes escondida entre vãs promessas
de amor, que não teria fim.
e assim, completamente nua,
entregar-me nos braços da verdade.
construí castelos de nuvens,
desejei segurar uma estrela.
confiei que seria possível
simplesmente, amar e ser feliz!
Em conta-gotas...
a vida não é um pacote fechado!
ela é oferecida em conta-gotas,
escoa um dia de cada vez!
não tente prende-los,
ou torna-los uma rotina previsível
que anestesie suas sensações.
permita que os fatos,
o mundo e as pessoas,
revelem suas mil faces!
não viva cada dia simplesmente:
surpreenda e surpreenda-se
com pequenas atitudes.
maravilhe-se e agradeça,
a cada novo dia,
o inesperado que faz você feliz!
ela é oferecida em conta-gotas,
escoa um dia de cada vez!
não tente prende-los,
ou torna-los uma rotina previsível
que anestesie suas sensações.
permita que os fatos,
o mundo e as pessoas,
revelem suas mil faces!
não viva cada dia simplesmente:
surpreenda e surpreenda-se
com pequenas atitudes.
maravilhe-se e agradeça,
a cada novo dia,
o inesperado que faz você feliz!
Mágica canção...
doce tocador de violino...
saia dessa tela, venha ficar ao meu lado.
toque com seus dedos mágicos,
a música que meu coração quer ouvir!!
escolha uma canção bonita,
mesmo que nostálgica,
ainda que seja um pouco triste...
apenas faça com que eu fique mais feliz,
do que estou agora.
conte a história de algum amor,
que teve tristezas e separações vencidas
alegrias vividas, distâncias esquecidas.
que ainda não sendo um conto perfeito,
traga novas esperanças ao meu coração.
doce tocador, fique junto a mim.
toque as cordas de seu violino docemente
deixe a sua melodia se espalhar no ar...
quem sabe, por insistência ou pura magia,
ela consiga espantar essa saudade
que, mesmo indesejada,
usa de meus versos para aqui ficar.
Boca vermelha
Ela compreendeu que havia caído outra vez na
mesma armadilha, tão repetida e sempre ignorada, de seus sonhos voláteis! Podia
sentar, chorar e reclamar da vida ou fortalecer o que ainda restava de sua
razão e seguir em frente. Entendeu rapidamente que a última opção era a melhor!
O mais difícil era engolir aquele nó que apertava sua garganta, espalhava-se
pelo seu peito, fazia latejar sua cabeça e espremia seus olhos, querendo de
alguma forma escapar. Contudo, decidiu que não deixaria que aquela dor
estragasse os próximos minutos, dias, semanas ou anos de sua vida.
- Nada dura para sempre, pensou consigo mesma
e chegou a sorrir diante do duplo significado daquela frase. Caminhou em direção ao seu quarto e parou diante do guarda-roupa. Escolheu a blusa mais colorida, a calça jeans mais justa, a sandália mais alta e mais bonita. Vestiu-se cuidadosamente, maquiou-se e escovou os cabelos. Ao final, olhou-se no espelho e sorriu diante de tamanha transformação! Virou-se de lado e apreciou, criticamente, a visão que o espelho mostrava. Diante de seus olhos, a boca desenhada de vermelho retribuiu o sorriso. Ajeitou outra vez os longos cabelos com as mãos, pegou a bolsa e caminhou com passos firmes em direção à saída. Após um último olhar para o interior do apartamento, abriu a porta, apagou a luz e saiu...
Sobrepor-se à adversidade já estava se tornando uma atitude bastante comum aos seus dias.
Lendas...
Tia Joana desceu na plataforma da estação, ao entardecer de mais um dia frio de junho. Viúva de um tio de sua mãe, era uma figura estranha para se olhar. Usava vestido preto de mangas compridas e botas de cano curto. Trazia um guarda-chuva esquisito, pendurado no braço, enquanto um chapéu mais esquisito ainda cobria sua cabeça pequena. Corpo mirrado, pele morena, olhos escuros penetrantes, que tudo pareciam enxergar. De sua boca pendia um inseparável cigarro de palha, que ela enrolava cuidadosamente, para depois acender, deixando o ar irrespirável ao seu redor.
Foi assim que ela invadiu seu mundo infantil! Apesar dos protestos de sua mãe, que sabia dos temores noturnos das crianças, tornou-se uma contadora de estórias para a garotada. Nas noites de chuva ou de lua cheia, sua voz rouca povoava seu imaginário de contos de fadas e histórias da carochinha, fantásticas ou fantasmagóricas, que prendiam sua atenção e depois enchiam de sustos seu sono.
Entre tantas que contara, em especial lembrava-se de uma lenda que falava da existência de um tesouro ao “fim do arco-íris”! Seus olhinhos de criança ficaram cheios de assombro e cobiça, ao pensar na possibilidade de ter em suas mãos aquele inesgotável pote de ouro. Assim, a cada arco-íris que se formava no céu, seus pensamentos partiam em busca daquela desejada recompensa.
Tia Joana ficou para trás, no seu passado e as fantasias da infância foram diluídas pelas águas da realidade. Certamente deixaram resquícios, conceitos e imagens que, algumas vezes, ainda moviam suas ações. Na vida real o pote de ouro foi substituído por recompensas mais sutis e pessoais. Ainda que inconscientemente, esperava encontra-las ao final de cada tempestade que ocorria em sua vida; após alguma jornada que se fazia mais sofrida. Sem sentir, voltava a esperança disfarçada de encontrar o “pote de ouro” - algo ou alguém que fizesse esquecer todas as dores e lutas que precisara enfrentar para vencer seus obstáculos. Por isso, experimentava uma sensação incômoda diante da realidade, ao constatar que não havia nenhuma recompensa, nem amores eternos ou alegrias inesgotáveis ao final de cada batalha.
Comprovar essa ilusão em que se apoiara tantas vezes, feria sua inteligência e maltratava sua sensibilidade. Afinal, quando os sonhos que nos inspiram são desmistificados, a luz da realidade fere os olhos acostumados ao luar.
FELICIDADE POSSÍVEL
As coisas não costumam acontecer exatamente como se idealiza! Permeiam, entre o fato real e o idealizado, as circunstâncias comuns do dia a dia. É importante saber se adaptar a isto, mesmo que exija uma flexibilidade não previamente planejada. Saber aceitar e valorizar a felicidade que é possível demonstra amadurecimento e senso de realidade, sem significar exatamente acomodação.
Acontece com frequência cada um de nós se preparar para receber o pacote completo da vida – nem um pouquinho menos! Este é, sem dúvida, um dos grandes erros do ser humano – quase sempre cria expectativas irreais acerca da própria felicidade e por isso mesmo deixa de ficar feliz com o que é possível. Outras vezes, esta tão focado em suas próprias alegrias e tristezas que não percebe o que se passa ao seu redor... Deixa de compartilhar momentos e vivências com os seres que ama; perde oportunidades de ser ou de fazer alguém mais feliz. Fechado em seu humano egoísmo, mesmo fazendo o mínimo, quer sempre receber o que há de melhor da vida!
Coloque os pés no chão e agarre a felicidade que é possível no momento, enquanto continua a lutar pela realização de seu sonho maior! Este é o verdadeiro rasgo de inteligência!
Acontece com frequência cada um de nós se preparar para receber o pacote completo da vida – nem um pouquinho menos! Este é, sem dúvida, um dos grandes erros do ser humano – quase sempre cria expectativas irreais acerca da própria felicidade e por isso mesmo deixa de ficar feliz com o que é possível. Outras vezes, esta tão focado em suas próprias alegrias e tristezas que não percebe o que se passa ao seu redor... Deixa de compartilhar momentos e vivências com os seres que ama; perde oportunidades de ser ou de fazer alguém mais feliz. Fechado em seu humano egoísmo, mesmo fazendo o mínimo, quer sempre receber o que há de melhor da vida!
Coloque os pés no chão e agarre a felicidade que é possível no momento, enquanto continua a lutar pela realização de seu sonho maior! Este é o verdadeiro rasgo de inteligência!
Mundo virtual
Acabei de abrir um e.mail, de alguém que nunca vi.
Não lhe adivinho o rosto, seu estado civil real.
Nem mesmo a cor da pele. Se é magro, se é gordo.
Baixo ou alto. Pobre ou rico. Emprego, salário.
Endereço de trabalho ou daquele onde vai dormir.
Nos tempos de hoje é assim: quase tudo é virtual!
Para falar de amizade, amor, tristeza e dor - ou seja lá o que for...
Basta teclar, dar enter, enviar, que chega a quem endereçar...
Não estou a discordar, da comodidade do dito:
Faz negócios à distância, pagamentos e cobranças.
Solução para dores de amor; da saudade que o coração sente.
O PC é amigo do peito, companheiro das horas insones.
Recebe, envia; salva ou apaga - não reclama!
Toca música da moda, mostra o rosto de quem se ama.
Neste mundo virtual, não se sabe o que é real!
Tantos perfis fantasiados, milhões de nicks criados,
Que são adicionados à lista de outro nick.
Modernidades que a mente aprova - mas que não preenchem a alma!
Por vezes, precisamos voltar as origens!
Conhecer pessoas reais,
Viver a magia de olhares,
Encontros marcados e pessoais,
Endereços de concreto,
Cartas de papel - escritas e enviadas para alguém especial!
Amor e amizade que se toque, se diga - que muito se veja!
Sem segredos... sem mistérios!
Pois a beleza da vida está em fazer trocas!
Seja de amizade, alegria ou dor; carinhos ou muito amor!
Mesmo que não seja a moda... mesmo tendo pouca demanda!
Não lhe adivinho o rosto, seu estado civil real.
Nem mesmo a cor da pele. Se é magro, se é gordo.
Baixo ou alto. Pobre ou rico. Emprego, salário.
Endereço de trabalho ou daquele onde vai dormir.
Nos tempos de hoje é assim: quase tudo é virtual!
Para falar de amizade, amor, tristeza e dor - ou seja lá o que for...
Basta teclar, dar enter, enviar, que chega a quem endereçar...
Não estou a discordar, da comodidade do dito:
Faz negócios à distância, pagamentos e cobranças.
Solução para dores de amor; da saudade que o coração sente.
O PC é amigo do peito, companheiro das horas insones.
Recebe, envia; salva ou apaga - não reclama!
Toca música da moda, mostra o rosto de quem se ama.
Neste mundo virtual, não se sabe o que é real!
Tantos perfis fantasiados, milhões de nicks criados,
Que são adicionados à lista de outro nick.
Modernidades que a mente aprova - mas que não preenchem a alma!
Por vezes, precisamos voltar as origens!
Conhecer pessoas reais,
Viver a magia de olhares,
Encontros marcados e pessoais,
Endereços de concreto,
Cartas de papel - escritas e enviadas para alguém especial!
Amor e amizade que se toque, se diga - que muito se veja!
Sem segredos... sem mistérios!
Pois a beleza da vida está em fazer trocas!
Seja de amizade, alegria ou dor; carinhos ou muito amor!
Mesmo que não seja a moda... mesmo tendo pouca demanda!
DIÁRIA ESPERANÇA...
De novo anoitece!
Momento mágico
entre a noite e o dia
que é pura poesia!
Corro pela avenida da vida
Sinto o vento no rosto
A música suave
chega aos ouvidos,
Toca sentida no coração...
Os faróis dos carros que passam
sinalizam presenças,
mas não iluminam.
Os olhos da mente
Transportam-me a outros tempos,
Outros sonhos já vividos
Que foram também esquecidos
Porém, marcaram o coração.
Situações parecidas
com outros personagens!
A noite chega na rua.
Sem saber de você
aumenta o meu pesar
o meu querer,
Fica a dor de viver,
lacuna sem preencher.
Trocar o amor por prazer
não alimenta a alma;
Não alivia as feridas
da diária luta de existir.
Sem mãos dadas.
Sem carinho.
Volto para casa sozinha
tranco a porta por dentro
deixo os sonhos do lado de fora.
Penso dar um novo rumo à vida
Aprender com as tristezas sentidas
Confiar que a dor vai passar.
Apago as luzes do quarto.
Abro as janelas,
aguardo a manhã chegar -
ela irá trazer um novo dia!
Momento mágico
entre a noite e o dia
que é pura poesia!
Corro pela avenida da vida
Sinto o vento no rosto
A música suave
chega aos ouvidos,
Toca sentida no coração...
Os faróis dos carros que passam
sinalizam presenças,
mas não iluminam.
Os olhos da mente
Transportam-me a outros tempos,
Outros sonhos já vividos
Que foram também esquecidos
Porém, marcaram o coração.
Situações parecidas
com outros personagens!
A noite chega na rua.
Sem saber de você
aumenta o meu pesar
o meu querer,
Fica a dor de viver,
lacuna sem preencher.
Trocar o amor por prazer
não alimenta a alma;
Não alivia as feridas
da diária luta de existir.
Sem mãos dadas.
Sem carinho.
Volto para casa sozinha
tranco a porta por dentro
deixo os sonhos do lado de fora.
Penso dar um novo rumo à vida
Aprender com as tristezas sentidas
Confiar que a dor vai passar.
Apago as luzes do quarto.
Abro as janelas,
aguardo a manhã chegar -
ela irá trazer um novo dia!
Dom Quixote de saia
sem saber
tomou posse dos meus sonhos
tirou o meu sono
provocou o pranto meu.
despertou toda a emoção
que guardava contida
que tentei passar esquecida
até ao meu coração.
revelou-me
que os sonhos não morrem
não se perdem,
não são sonhados em vão.
ficam apenas suspensos no tempo
escondidos no infinito
esperando o momento exato
para ocupar outra vez o coração.
esta seria a explicação
para sentir esta ânsia d’alma
esta busca incansável
que vem de outros tempos
que até se mistura
às doces recordações da infância?
quando de olhos abertos
projetava inimagináveis aventuras
idealizava presenças queridas
que me abrigariam em seus braços
ao longo de minha vida?
naquele tempo já sonhava...
ah! como sonhava...
determinada já acreditava
ser um Dom Quixote de saia,
sem reino
sem armadura,
eternamente em busca de meus sonhos,
tal como ele à sua Dulcinéia...
tomou posse dos meus sonhos
tirou o meu sono
provocou o pranto meu.
despertou toda a emoção
que guardava contida
que tentei passar esquecida
até ao meu coração.
revelou-me
que os sonhos não morrem
não se perdem,
não são sonhados em vão.
ficam apenas suspensos no tempo
escondidos no infinito
esperando o momento exato
para ocupar outra vez o coração.
esta seria a explicação
para sentir esta ânsia d’alma
esta busca incansável
que vem de outros tempos
que até se mistura
às doces recordações da infância?
quando de olhos abertos
projetava inimagináveis aventuras
idealizava presenças queridas
que me abrigariam em seus braços
ao longo de minha vida?
naquele tempo já sonhava...
ah! como sonhava...
determinada já acreditava
ser um Dom Quixote de saia,
sem reino
sem armadura,
eternamente em busca de meus sonhos,
tal como ele à sua Dulcinéia...
Interna avaliação
agosto
já passa do meio
presa nas asas do tempo
vejo já quase findar
o ano
sem que possa
afirmar
o que realizei
de novo
não sei
o que fiz do tempo
que me foi dado
o que fiz do amor
que foi sentido
o que fiz da vida
se nem tudo
foi vivido
na névoa de agosto
triste é o tempo
mais triste ainda
o sentido
constato quem sou
sinto quem poderia
ter sido
no espelho do tempo
repasso
meus atos
almejo conquistas
acerto
meu passo.
das cinzas de agosto
outra vez
renasço!
já passa do meio
presa nas asas do tempo
vejo já quase findar
o ano
sem que possa
afirmar
o que realizei
de novo
não sei
o que fiz do tempo
que me foi dado
o que fiz do amor
que foi sentido
o que fiz da vida
se nem tudo
foi vivido
na névoa de agosto
triste é o tempo
mais triste ainda
o sentido
constato quem sou
sinto quem poderia
ter sido
no espelho do tempo
repasso
meus atos
almejo conquistas
acerto
meu passo.
das cinzas de agosto
outra vez
renasço!
AMAR BRASÍLIA - RENOVADA RENDIÇÃO
Brasília está repleta de folhas!No ar quase irrespirável de agosto, a razão põe defeitos!Garante que desta vez vai embora...Já não aguenta mais viver nesta secura de deserto,sentida na brisa quente que percorre esta parte do planalto.Planos são feitos, decididos...- Vou embora!Mais aí, distraidamente o olhar passeia pelo céu pintado de vermelho do entardecer.Nas formas escuras das palmeiras - lembranças do litoral,que se desenham contra o claro do céu...Assim tão grande! Tão aberto!Quando na noite escura, vê a lua cheia - imensa, linda e branca no céu!A colorida fachada do shopping,as ruas largas, velozes...O traçado incomum, arquitetura singular.A mistura de origens, variados sotaques - herdados de outros pontos do Brasil!Pronto... já começa a balançar o coração!Mas para consumar a rendição, vem a luminosidade do amanhecer que se vê,que se aprecia no dourado do céu,que se sente na brisa morna que envolve o corpo,no arrepio de prazer de viver, de tanta beleza ver!Aí, já não há jeito...Já se rende o coração, fica irremediavelmente amarrado!Volta a paixão, vira cartão postal.Orgulho de mostrar aos parentes amigos turistas vindos de bem longe,só para conhecer a cidade diferente, patrimônio imponente,que se ergue no centro do planalto!Nesse ponto, os planos já estão desfeitos...O coração dividido, pede um tempo à razão!Argumenta que as chuvas virão...Para colorir as árvores, limpar a névoa, pintar a cidade de verde, umedecer outra vez os pulmões.Vence por fim a emoção!Ganha outro ano de trégua, acalma a razão, agrada o coração.Comprova que amar Brasília, mais que uma escolha, é renovada rendição!
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