Acabei de abrir um e.mail, de alguém que nunca vi.
Não lhe adivinho o rosto, seu estado civil real.
Nem mesmo a cor da pele. Se é magro, se é gordo.
Baixo ou alto. Pobre ou rico. Emprego, salário.
Endereço de trabalho ou daquele onde vai dormir.
Nos tempos de hoje é assim: quase tudo é virtual!
Para falar de amizade, amor, tristeza e dor - ou seja lá o que for...
Basta teclar, dar enter, enviar, que chega a quem endereçar...
Não estou a discordar, da comodidade do dito:
Faz negócios à distância, pagamentos e cobranças.
Solução para dores de amor; da saudade que o coração sente.
O PC é amigo do peito, companheiro das horas insones.
Recebe, envia; salva ou apaga - não reclama!
Toca música da moda, mostra o rosto de quem se ama.
Neste mundo virtual, não se sabe o que é real!
Tantos perfis fantasiados, milhões de nicks criados,
Que são adicionados à lista de outro nick.
Modernidades que a mente aprova - mas que não preenchem a alma!
Por vezes, precisamos voltar as origens!
Conhecer pessoas reais,
Viver a magia de olhares,
Encontros marcados e pessoais,
Endereços de concreto,
Cartas de papel - escritas e enviadas para alguém especial!
Amor e amizade que se toque, se diga - que muito se veja!
Sem segredos... sem mistérios!
Pois a beleza da vida está em fazer trocas!
Seja de amizade, alegria ou dor; carinhos ou muito amor!
Mesmo que não seja a moda... mesmo tendo pouca demanda!
Um comentário:
Nada como os velhos tempos...
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