A madrugada outra vez despertou-me com lembranças! Como se a mente estivesse tão cheia delas que não conseguiu se conter e abriu suas portas, deixando escapar perguntas que me fiz e não encontrei as respostas, também aquelas que me fizeram e eu não soube responder. Senti-me afogar entre tantas, até que resolvi acender a luz e tentar colocá-las no papel. Diante da folha branca o pensamento foge – já não sei o que escrever. Até que agarro uma que atravessa rapidamente a minha mente: quem sou eu realmente? Como sou, no mais íntimo de meu ser? Um ser feliz, como digo ser ou apenas feliz como tento parecer? Sou sempre eu mesma ou por vezes finjo ser aquela que um dia quero ser? Aceito como verdade aquilo que não existe? E o que existe de verdade em cada um, eu consigo ver? Não quero ser julgada por ninguém, mas por vezes julgo os atos de meus semelhantes. Será que desse jeito eu perco o melhor que existe em cada um?
Por vezes penso que embaralhei as cartas da vida ou troquei cada uma de lugar – por isso, o jogo nunca termina! Parece que ainda não aprendi a lição para saber fazer o para-casa que Deus um dia me passou. Erro uma e mil e uma vezes, sem deter-me à tempo de encontrar o elemento que me faltou para fazer com acerto a lição. Quando devo ser humilde e me calar, digo o que não sinto, mas calo por covardia, só para ficar de bem com alguns, menos com o desejo de meu coração. Diante de tudo isso, não sei como me salvar, pois a minha alma e meu espírito ainda não se entendem - apenas fingem que se dão bem...
Um comentário:
LINDO, LINDO , LINDO !!!
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