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segunda-feira, 12 de julho de 2010

Amores impossíveis...

Muito já se falou ao longo da história – minha, sua, deles ou delas, da odisseia de grandes amores! Porque, se o amor é comum, realizável, possível de consumação, tipo “serão felizes até que a convivência os separe”, não desperta muita atenção, compaixão ou inveja - nem mesmo a nossa! É que o amor possível, previsível e contínuo, não dá ibope. Inconscientemente esperamos que alguma coisa ou algum fato surpreendente quebre a linha da normalidade, pois isto desperta nossos sonhos e nos insere naquele contexto mais épico e menos previsível da vida.

Se alguma pitada de impossibilidade é adicionada à história de amor, se há nele um vestígio de segredo ou de mistério, de trágicas e sofridas separações, tudo se transforma! Torna-se matéria de referência – intenso, incomparável, invejável – provavelmente e justamente por ser irrealizável. A trama da impossibilidade lhe dá uma aura quase sobrenatural, que o eleva acima de todos os demais.

Pese a isso, cada amor tem seu toque especial e único! Nenhum é igual ao outro e, por isso, não podem ser comparados entre si! Comprovo, entretanto, que existe uma certa magia a envolver o primeiro amor! Para algumas pessoas, ele se mantém nítido na memória - cada suspiro, cada palavra, cada gesto. Permanece no coração, inigualável, durante todo o transcorrer da vida. Pode ser porque o passar do tempo apaga dele a normalidade, faz esquecer pequenos defeitos, transforma atitudes, intensifica sentimentos, realça qualidades. Nasce em seu lugar uma saudade insuportável e dolorida de uma pessoa que, na realidade do presente, não existe mais. Mesmo assim, nada no mundo é capaz de tirar dele o título que conquistou e que o classifica com honra no ranking dos amores impossíveis – certamente porque o destino fez distantes os seus protagonistas!

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