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quinta-feira, 15 de julho de 2010

Marcas da alma...


As feridas do corpo, depois de cicatrizadas, não doem mais... As da alma, são mais sutis, por vezes voltam a sangrar, causando danos maiores que os físicos. Nos dois casos, não cabe questionar o destino. Seja qual for a posição - contra ou à favor, não adianta reclamar, se amargurar... Ele é cego e surdo a sofrimentos e contra-argumentações. As coisas apenas acontecem. “Azar” ou “sorte” são conceitos mutáveis - variam conforme a referência.
Depois do fato consumado, o que fica na alma ou no corpo, são as marcas.. Algumas leves. Algumas surgem e somem facilmente. Outras são tão profundas que nada as pode apagar... Marcam como ferro em brasa as camadas mais recônditas do ser. É ai que tem início o que, realmente, depende de nós. É um trabalho interno, diário, paciente. Limpar os escombros para de novo edificar! Aprender e crescer com os fatos – sejam eles quais forem! Esta é a suprema alquimia de transformar o bruto carvão em diamante! Carvão e diamante que co-existem dentro de nós...
Dói lapidar a si mesmo? Dói! Não estamos habituados com tamanha humildade - admitir e abrir mão das próprias deficiências! Mas, podemos nos tornar melhores - a cada experiência, a cada grande sofrimento, a cada pequena ou grande alegria! Ou, ao contrário. Apenas deixar que os fatos passem, ou nos afogarmos em mágoas, queixas e auto-piedade, sem bem sairmos do lugar.
Quando aprendemos a transcender - às nossas pequenezas ou às do outro, começamos a valorizar e amar o que realmente é importante! Este é o quilate verdadeiro que podemos conferir à nossa própria alma! As marcas podem desaparecer ou ficar impressas eternamente. Mas, quando transmutadas, embelezam a alma – nos tornam mais humanos, muito mais que simplesmente... belos mortais.

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