Minha saudade se acomoda
neste espaço
que fica entre você e eu.
Muitas vezes ela fica quietinha...
Talvez espere que esta sua ausência,
Também esteja prestes a ter fim.
Mas, quando ela percebe -
que o tempo passa,
que você não chega,
aumenta de tamanho até ficar imensa...
ameaça explodir em mil pedaços
as frágeis paredes de meu ser...
Neste avançar e recuar,
hoje ela voltou a doer...
Já tentei ajeitá-la aqui dentro
distraí-la com novas esperanças
Porém, não quer saber de obedecer-me
ignora meu sofrimento por querer.
Quando está assim rebelde,
aprendi e não luto contra ela...
Deixo que corra livre,
invada os meus espaços.
Como águas liberadas da represa
ocupe boca, corpo, mente, coração...
Assim, fico cheia de saudade...!
Cheia desse seu vazio,
Vazio que nunca se preenche...
mas, que mesmo assim aperta tanto,
Dói, de sufocar meu ser...
Sinto saudades - de tantas coisas...
De momentos, ternuras - de uma pessoa...
Saudades de você que não tive,
De você que não tenho,
De você, que nem sei o nome.
De você que não sei se vai chegar aqui.
Nenhum comentário:
Postar um comentário