blog

terça-feira, 13 de julho de 2010

Mais uma do amor...

OLHA O SOL, QUE APENAS DEIXA-SE ENTREVER,
A BRINCAR NO CÉU DE FLOCOS BRANCOS.
CAI A TARDE MORNA E MANSA,
SEM PROMESSA DE ENCONTROS.

sentado na areia, solitário
seu perfil se desenha contra um resto de sol.
tem olhos perdidos, que olham sem ver,
terras secas, continente adentro,
que ficam bem distantes do mar.

OS OLHOS BRINCAM, A CORRER PELA RUA,
ELA QUER O QUE ALI NÃO ESTÁ.
O QUE FOI PRÓXIMO, AGORA É DISTANTE,
GUARDADO EM ESPAÇOS DE ÁGUAS
ONDE NÃO PODE PENETRAR.

o pensamento voa longe,
quer fugir da saudade,
que sempre teima em ficar.
sonha com encontros,
que não tenham despedidas,
com presenças que fiquem,
sem urgências de voltar.

CAI O VÉU DA NOITE, REVELA A TRISTEZA,
QUE SE ESCONDIA NO FUNDO DO OLHAR.
ATRAS DELA VEM A SAUDADE,
QUE AO CHEGAR SEM AVISO,
FAZ SEGUIR PELA CALÇADA,
PROCURA, SEM ENCONTRAR O SEU LUGAR.

coloca-se de pé
entra na penumbra,
que já se espalha em torno do mar.
segue devagar,
anda sem destino,
sem saber o que quer fazer,
onde quer chegar.

NA BOCA DA NOITE
DOIS VULTOS CAMINHAM.
DISTANTES NO TEMPO,
SEPARADOS NO ESPAÇO.
JÁ NA CURVA DA VIDA,
SEUS CORAÇÕES ENTENDEM:
POUCO IMPORTA O LUGAR,
APENAS, AO LADO DE QUEM PODEM FICAR!

Nenhum comentário: