Salvas as devidas exceções, muitos seres ainda correm o risco de iniciar um relacionamento ou fazer suas escolhas - amorosas, profissionais, políticas ou pessoais etc., dando um crédito de confiança incondicional para aquele que foi eleito por seu coração ou seus pensamentos. Aceitam impulsivamente histórias forjadas ou imaginadas que, no momento certo, não foram contestadas ou comprovadas previamente. Na pressa de decidir e sem o amparo de um conhecimento real, confiam cegamente até que não seja mais possível ignorar as inúmeras provas contrárias, descobertas pela realidade. Diante de um conceito que mostra-se totalmente diferente do que foi idealizado, como tardia e única alternativa inteligente resta-lhes retirar a confiança inicial, cujo percentual despencou drasticamente.
Contudo, o mal já está feito e é, por vezes, irreversível. Mas isto só acontece porque o conceito foi formado em cima de expectativas - não de experiências! E é a própria experiência que alerta que expectativas são falíveis, porque baseiam-se em algo que ainda não aconteceu ou foi previamente comprovado .
Nesse ponto da história, torna-se simplista apenas julgar e condenar o outro. Junto com a retirada da confiança, do voto, do amor, da amizade – que é um direito de todos, a real e verdadeira mudança precisa começar dentro de nós. O primeiro passo é encarar as próprias falhas e limitações e ter a devida paciência para aprender a avaliar os fatos e as pessoas sem expectativas imaginárias. Também não é saudável cair no extremo oposto de desconfiar de tudo e de todos – isto só vai nos tornar mais amargos. Precisamos entender, durante as 24 horas de nosso dia, que não é o outro que nos engana – nós é que nos deixamos enganar por suas pseudo qualidades. A verdadeira essência e o verdadeiro caráter de cada um vai muito além de um marketing ou anti-marketing pessoal. Se queremos colocar um fim aos nossos repetidos erros de avaliação, precisamos fugir da armadilha que o excesso de imaginação ou confiança costuma criar para nós.
Moral da história: alguns escolhem, mas todos são governados!
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