Encharco os olhos com a visão de tuas serras,
Tuas pedras desenhadas pelo tempo,
Tuas flores sempre-vivas, samambaias e mimosas:
Quero levá-las comigo,
Com tantas outras lembranças despertadas.
Do alto do Cruzeiro, avisto tuas casas,
Singelo postal barroco, feito realidade.
Cada recanto teu guarda histórias,
De um menino pobre que virou grande estadista,
Uma escrava negra que a paixão fez rainha;
Cenário aberto para dramas, amores e vesperatas.
Ao rever-te, volto meus passos no tempo –
Procuro entre teus casarões, becos e ladeiras;
Descubro, guardadas, nostálgicas presenças,
Vozes e olhares, na capistrana do passado.
Diante de ti, venho recordar quem fui,
Revelar as raízes de quem sou,
Para saber cumprir com o meu destino.
Diamantina, terra de minha história!
Pelas pedras de tuas ruas,
Um dia, vi passar meus sonhos de menina.
Hoje, em tuas ruas feitas de pedras,
Quero encontrar meus sonhos de mulher!
Um comentário:
Aprendi a gostar de Diamantina através de você. Foi uma viagem inesquecível...
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